quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Dia Internacional Contra a Corrupção em Fortaleza

PROGRAMAÇÃO EVENTO – PERÍODO 08 E 09/12/2009


DIA 08/12 – Quarta-feira
Manhã
8h30 às 11h - Momento com a Imprensa (Café da Manhã)
Local: Hotel Sonata de Iracema – Salão Harmonia – Av Beira Mar 848 Praia de Iracema

◦Apresentação à Imprensa sobre o Dia Internacional Contra a Corrupção, com distribuição de material (release sobre o evento) – Dr. Manoel Veras e Dr. Alberto Oliveira da CGU

◦Apresentação do curta metragem “A Fábula da Corrupção” (8 min - assita um trecho), vencedor do 1º Concurso Nacional de Curtas-Metragens da CGU

◦Premiação da CGU – Concurso de Redação4º Concurso de Desenho e Redação - Edição 2010 (2.º Lugar do Ceará)

DIA 09/12 – Quinta-feira

Dia Todo
Locais: Praça do Ferreira e Praça dos Estressados (Beira Mar)
◦Distribuição de panfletos – Dia Internacional Contra a Corrupção;
◦Computadores nos estandes para consulta da população.
◦Cine Cidadão com apresentação dos dois vídeos vencedores do concurso nacional da CGU
•A Fábula da Corrupção (assita um trecho)
•E aí, qual é a sua corrupção? (assita um trecho)

◦Apresentação da Peça "Controle na Administração Pública" (Grupo de Teatro da ACEP)
•16h - Pração do Ferreira
•18h - Praça dos Estressados (Beira Mar)

Tarde
15h às 18h - Uso de Dados Aberto
Local: Laboratório de Engenharia do Conhecimento da UNIFOR – Bloco M – Sala: 11
◦Encontro entre universtitários, imprensa e TCM-CE para demonstrar o potencial de uso dos dados abertos do TCM-CE

FONTE: Tribunal de Contas dos Municípios do Ceará - (TCM/CE)

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Atenção profissionais de saúde: OPORTUNIDADE DE EMPREGO EM PARACURU.

A Prefeitura Municipal de Paracuru, através da Comissão Permanente de Licitação, torna público para conhecimento dos interessados que no dia 14 de dezembro de 2010, às 10:30h, no Paço do Poder Executivo Municipal, será realizada em reunião ordinária o certame licitatório na modalidade de TOMADA DE PREÇOS nº 2010.11.29.1, nos termos da Lei Federal nº 8.666/93 e legislação correlata.

DO OBJETO DA LICITAÇÃO: Contratação de profissionais de nível superior para atuar junto a Secretaria de Saúde de Paracuru.

Vagas para farmacêutico bioquímico, enfermagem, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, psicóloga, assistente social, educador físico.

DA HABILITAÇÃO – Enviar os documentos abaixo em única via, xerocopiada e autenticada em cartório. Deverá ser apresentada obedecendo-se a ordem acima requerida,item a item, carimbada e assinada pelo titular, sendo endereçada e encaminhada à Comissão Permanente de Licitação, em envelope lacrado, contendo a seguinte inscrição:

À PREFEITURA MUNICIPAL DE PARACURU
TOMADA DE PREÇOS nº 2010.11.29.1
ENVELOPE “A” – DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO
NOME DA PESSOA FÍSICA

• Apresentação do Certificado de Registro Cadastral – CRC da Prefeitura Municipal de Paracuru
• Cópias do Registro de Identificação e CPF
• Comprovante de endereço
• Cópia da Carteira Profissional ou declaração de inscrição

DA PROPOSTA:
• Apresentar Proposta Comercial com preços, assinatura e carimbada e enviar para

À PREFEITURA MUNICIPAL DE PARACURU
TOMADA DE PREÇOS nº 2010.11.29.1
ENVELOPE “B” – PROPOSTA DE PREÇOS
NOME DA PESSOA FÍSICA

O julgamento das propostas será pelo critério de “menor preço”.

Para maiores esclarecimentos contactar através do (85) 3344-8803 com Alberto Moreira ou do e-mail nosdaredeparacuru@gmail.com

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Reuniã Ampliada do CNAS em Fortaleza

O Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS realizará no período de 7 a 9 de dezembro do corrente ano, em Fortaleza/CE, Reunião Descentralizada e Ampliada, que terá como tema central “Avanços e desafios para a consolidação do SUAS no sistema de proteção: conquistando e garantindo direitos”, com o objetivo de ampliar o debate acerca dos novos desafios postos ao SUAS e ao seu controle social.
O Conselho convida a todos conselheiros municipais, entidades e organizações de assistência social, trabalhadores da área e gestores para participarem dessa Reunião Descentralizada e Ampliada.
A ficha de inscrição (anexa), deve ser enviada, preferencialmente, pelo e-mail cnas.ampliada@mds.gov.br ou pelo faz (61) 3433-2444. Para “quaisquer outras informações sobre a reunião, entrar em contato pelos números (61) 34332437 ou (61) 34332459.”
Faça sua inscrição e veja a programação no site http://www.mds.gov.br/cnas/reunioes-do-cnas/reunioes-descentralizadas/ampliada-fortaleza-2010/reuniao-ampliada-fortaleza/

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

De Leonardo Boff no twitter...

"Se tudo tem a ver com tudo em todos os pontos e momentos, significa que não há saberes isolados, todos devem manter a rede que sustenta vida".

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Nós da Rede adere ao Manifesto em Defesa ao Conselho de Comunicação Social.

Na reunião realizada no dia 27/10 a "Nós da Rede" decidiu por unanimidade aderir ao Manifesto em Defesa do Conselho de Comunicação Social e Democracia, reproduzido abaixo.

Manifesto em defesa do Conselho de Comunicação Social e da Democracia


As entidades abaixo assinadas manifestam publicamente seu total apoio à criação do Conselho de Comunicação Social do Estado do Ceará e repudiam, de forma veemente, as tentativas de setores conservadores da sociedade de desqualificar a decisão da Assembleia Legislativa do Estado de propor ao governador Cid Gomes (PSB) a criação de um órgão que possibilitará a efetiva participação da sociedade cearense na criação de políticas públicas em comunicação do Estado.

Um Conselho tem como finalidade principal servir de instrumento para garantir a participação popular, o controle social e a gestão democrática, envolvendo o planejamento e o acompanhamento da execução das políticas e serviços públicos. Hoje, existem conselhos municipais, estaduais e nacionais, nas mais diversas áreas, seja na Educação, na Saúde, na Assistência Social, entre outros. Um Conselho de Comunicação Social é, assim como os demais Conselhos, um espaço para que a sociedade civil, em conjunto com o poder público, tenha o direito a participar ativamente na formulação de políticas públicas e a repensar os modelos que hoje estão instituídos.

Longe de ser uma tentativa de censura ou de cerceamento à liberdade de imprensa, como tenta fazer crer a velha mídia (nada mais que uma dúzia de famílias) e seus prepostos, o Conselho é uma reivindicação histórica dos movimentos sociais, organizações da sociedade civil, jornalistas brasileiros e setores progressistas do empresariado que atuam pela democratização da comunicação no Brasil e não uma construção de partido político A ou B. E mais, falta com a verdade quem diz ser inconstitucional o Conselho de Comunicação, pois este está previsto na Constituição, no Artigo 224, que diz "Para os efeitos do disposto neste capítulo, o Congresso Nacional instituirá, como seu órgão auxiliar, o Conselho de Comunicação Social, na forma da lei", com direito a criação de órgãos correlatos nos estados, a exemplo dos demais conselhos nacionais.

Uma das 672 propostas democraticamente aprovadas pelos milhares de delegados e delegadas da sociedade civil empresarial, não-empresarial e do poder público, participantes da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), os Conselhos de Comunicação Social são a possibilidade concreta de a sociedade se manifestar contra arbitrariedades e abusos cometidos pelos veículos, cuja programação é contaminada por interesses comerciais, que muitas vezes violam a legislação vigente e desrespeitam os direitos e a dignidade da pessoa humana.

A desfaçatez com que a velha mídia e seus asseclas manipulam a opinião pública, na tentativa de camuflar a defesa de interesses econômicos e políticos que contrariam a responsabilidade social dos meios de comunicação e o interesse público, merece o mais amplo repúdio do povo brasileiro. Eles desrespeitam um princípio básico do jornalismo, que é ouvir diferentes versões dos acontecimentos, além de fugir do debate factual, plantando informação.

É chegada a hora de a sociedade dar um basta à manipulação da informação, unindo-se trabalhadores, consumidores, produtores e difusores progressistas na defesa da criação, pelo poder público, dos Conselhos de Comunicação Social. Somente assim, o povo cearense evitará que o Governo do Estado sucumba à covarde pressão de radiodifusores e proprietários de veículos impressos que ainda acreditam na chantagem e na distorção da verdade como instrumento de barganha política.

Que venham os Conselhos de Comunicação Social, para garantir à sociedade brasileira o direito à informação plural, a liberdade de manifestação de pensamento e de criação e a consolidação da democracia nos meios de comunicação.

Assinam a nota:
Acertcom - Associação Cearense de Emissoras de Rádio e TV Comunitárias
Agência de Informação Frei Tito para América Latina (Adital)
Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço-CE)
Associação Comunitária do Bairro Ellery
Associação Comunitária do Bairro Monte Castelo
Associação Comunitária Portal do Benfica
Associação Comunitária de Rádiodifusão de Independência (ACORDI)
Associação União dos Moradores de Luta do Álvaro Weyne
Associação Zumbi Capoeira
Associação Zumbi Capoeira (Pirambu)
Centro Cultural de Arte Capoeira na veia
Centro de Apoio a Vida
Centro Popular de cultura e Ecocidadania (CENAPOP)
Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do Ceará (Cedeca-CE)
Cia. Tesouro Nordestino
Cia. de Teatro Arte Amiga
Cine Rua
Cipó Comunicação Interativa
Coletivo de Jovens Feministas de Pernambuco (Recife-PE)
Coral Vida e Arte
Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (Enecos)
Espaço Solidário (ESSO)
Fábrica de Imagens - Ações Educativas em Cidadania e Gênero (Fortaleza-CE)
Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ)
Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC)
Futsal Caça e Pesca
Grab - Grupo de Resistência Asa Branca
Grêmio estudantil Juventude Ativa
Grupo Aprendizes de Papel
Grupo Budega Chic
Grupo Cultural Entreface - Identidade Juvenil, Comunicação e Cidadania (Belo Horizonte MG)
Grupo Pensar Lutar e Cia. de Teatro Arte Amiga
Grupo Pensar Lutar e Vencer (Pastoral da Juventude Maraponga)
Grupo Tapa (Temos Amor pela Arte)
Grupo Vida e Arte
Instituto de Juventude Contemporânea (IJC)
Instituto Terramar
Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social
Juventude Atitude (CDI)
Juventude Negra Kalunga
Movimento Pró-Parque Rachel de Queiroz
ONG Catavento Comunicação e Educação
Pastoral da Juventude do Canindezinho – PJ
Rede de Adolescentes e Jovens Comunicadores e Comunicadoras do Brasil
Rede de Jovens do Nordeste
Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce)
Sindicato dos Operadores de Turismo do Ceará
Sindicato dos Vigilantes do Estado do Ceará (SindVigilante)
Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Valores do Ceará (SindValores)
Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Gráfica, da Comunicação Gráfica e dos Serviços Gráficos do Estado do Ceará (Sintigrace)
Terreiro Capoeira
Tesouro Nordestino
TV UMLAW
União Brasileira de Mulheres (UBM)
União da Juventude Socialista (UJS)
Vidas e Vozes da Juventude


quarta-feira, 20 de outubro de 2010

ATENÇÃO: Plano Municipal de Habitação

Sexta-feira (22/10) às 8h no Auditório Antonio Sales da Câmara Municipal de Paracuru, ocorrerá uma oficina para discussão e elaboração do Plano Municipal de Habitação de Interesse Social de Paracuru.
Apesar de ser um evento de grande interesse para a comunidade, pois o déficit habitacional é grande e as ocupações são muitas em Paracuru, ele tem sido pouco divulgado. Importante dizer que este é o segundo encontro.
Vamos lá pessoal debater este grande problema do município e de todo o Brasil.

sábado, 16 de outubro de 2010

Retomada das reuniões.

Após alguns meses de pausa, ontem (15/10), "Nós da Rede" retomou as reuniões regulares. Na sede da APEOC-Paracuru, foi discutida a seguinte pauta:
1. Renovação da coordenação do movimento, que ficou com Jurandir (APEOC), Anderson (SINDSERPA) e Paula (ABIP);
2. O ingresso de novas entidades e personalidades ao movimento;
3. A devolução do CPTA para gerência da SEMACE e novas ações da rede sobre o caso;
4. O desvirtuamento da função da rádio comunitária Mar Azul FM e possíveis ações da rede;

A próxima reunião da rede para acolher novo membros será no dia 21/10 ás 18h em local a ser definido.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Reunião do Conselho Municipal de Saúde

Amanhã (14/10) no Auditório Antonio Sales da Câmara Municipal de Paracuru, a partir das 08:00, acontecerá a reunião ordinária do Conselho Municipal de Saúde de Paracuru.
Em pauta:
1. Transportes da Secretaria de Saúde
2. Recursos finacneiros do projeto "Saúde na Praça"
3. Convênio das Agentes Comunitárias de Saúde
São aguardados para a reunião o responsável pelos transportes da prefeitura, a fisioterapeuta Débora, responsável pelo projeto "Saúde na Praça" e a agente de saúde Conceição, presidente da Associação dos Agentes Comunitários de Saúde de Paracuru.

Capacitação para Conselheiros

Amanhã (14/10), a partir das 14h, no Auditório Antonio Sales da Câmara Municipal de Paracuru, dar-se-á início à Capacitação para Conselheiros de Saúde. O evento ainda acontecerá na sexta-feira - 16/10 - das 08:00 às 17:00.
A capacitação será facilitada por membros do Conselho Estadual de Saúde (CESAU).
A realização do evento é do Conselho Municipal de Saúde de Paracuru em parceria com CESAU e apoio da Secretaria Municipal de Saúde.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O AMANHÃ SERÁ UM NOVO DIA...

A cada dia, ao nascer do sol, em muitas cidades a vida recomeça.
Pescadores saem em busca do peixe de cada dia, crianças seguem para a escola, mulheres e homens vão à lida e o sol ascende no céu.

Hoje, dia 05 de outubro, Paracuru acordou com uma cor diferente!

 Após cinco anos desde a tomada do CPTA do povo pela Prefeitura de Paracuru, um dia após sua inauguração, para ser entregue ao empresário Ricardo Meireles, que explorou o espaço com o Restaurante Buena Vista, a cidade comemora.
Em meio a falácias de representantes da Prefeitura nos meios de comunicação, carros que vem e vão da SEMACE e brindes de integrantes da Nós da Rede regados ao pôr do sol, Prefeitura e Ricardo Meireles a partir de determinação do Ministério Público do Estado do Ceará retiram seus trapos e farrapos de safadeza do equipamento público e devolvem-no ao Governo do Estado.

De Buena Vista nada restará. Como está acontecendo com os desmandos desmontados do coronelismo da praia, será enterrado na lama do mangue e lá comido pelos caranguejos. E ao lado do berçário da vida, do estuário, a vida do CPTA começará.


E nós, povo, estaremos lá com os pés fincados como as ostras nas pedras, certos de que a nossa voz nunca será calada e nem nossas vidas pisoteadas.
A nossa voz ecoará nos quatro ventos e, assim, chegará aos ouvidos de muitos que repetirão esse gesto, geração após geração. E a vida, a cada dia, será diferente.



O dia enfim finda... O sol mais uma vez se esvai... Indicando mais uma vez que o mundo gira...
O amanhã? Será um novo dia.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

AO POVO O QUE É DO POVO!!!

MAIS UMA CONQUISTA PARA A SOCIEDADE PARACURUENSE.
No próximo dia 05 de outubro, a Prefeitura Municipal de Paracuru e Ricardo Meireles, estarão entregando à Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará – SEMACE o EQUIPAMENTO PÚBLICO denominado Centro de Promoção Turístico Ambiental – CPTA. Devolvendo assim ao povo, este espaço que foi abusivamente privatizado.

Foto do CPTA
Para entender o caso, vamos recordar um pouco a história:

Em junho de 2005 o governo do Estado do Ceará inaugurou, na Barra do estuário do Rio Curu, o CPTA, equipamento público com objetivo de manter o acesso da população local aos recursos hídricos do litoral, no caso rio e mar, e promover um espaço de encontros, reuniões, eventos e de prática de esportes para as comunidades do seu entorno e para turistas. Neste espaço foi destinada uma sala que deveria funcionar como o escritório regional da SEMACE. Assim, se concretizando em um EQUIPAMENTO PARA O POVO.
No ano que antecedeu a inauguração do CPTA, de forma participativa, envolvendo diversos setores das comunidade de Paracuru, foi elaborado o Plano de Gestão do CPTA, e formado o seu Conselho Gestor composto por representantes da sociedade civil e dos poderes públicos municipal e estadual. 
Placa indicativa do Restaurante.
 No entanto, dia seguinte à inauguração TODA A CIDADE DE PARACURU foi surpreendida com a informação que a pessoa de nome Ricardo Meireles, vulgo RICARDINHO, ocupara o espaço do CPTA para montar o RESTAURANTE BUENA VISTA, com o conhecimento e autorização do prefeito à época José Ribamar Barroso Batista, o Ribeiro. Privatizando, assim, um espaço público.
Tal ação autoritária e desrespeitosa provocou momentos tensos nas reuniões do Conselho Gestor, pois os representantes da sociedade civil não aceitavam a apropriação particular de um equipamento público.


A tensão chegou ao ponto de tornar o problema em caso de polícia, devido identificação de depredação do patrimônio público por parte do Ricardo, que trocou as fechaduras dos ambientes do CPTA e colocou ao relento todos os moveis e documentos do órgão ambiental. Ocorreram também, naquele período, ameaças ao gestor da APA da SEMACE, senhor Mozart Araújo, que lutava para que o equipamento público fosse entregue a quem lhe é de direito: O POVO.
Aliados a Mozart nesta luta os, hoje, representantes da "Nós da Rede", Lindomar Alcântara e Edmundo Ferreira da ONG EcoAção, também componentes do Conselho Gestor do CPTA atuaram firmemente no intuito de restituir o equipamento ao público.
Resultou ainda desta batalha momentos de perseguição política por parte do ex-prefeito Ribeiro contra a família de Mozart, com demissão da sua esposa, Ariadyne Luz, do Núcleo de Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação, e sua não convocação para o cargo de psicólogo no concurso público realizado em 2006, apesar de sua aprovação. Fatos estes já de conhecimento da população e de todo o Estado do Ceará, uma vez que o Ministério Público gerou uma ação penal e de improbidade administrativa contra o mesmo em fevereiro de 2009.
O caso da ocupação indevida do CPTA já vinha sendo denunciado desde 2007 pelo jornalista Francisco Luz, do blog Frente e Verso, que o encaminhou a Procuradoria Geral da Justiça. Veja o que ele expôs em seu sítio virtual :
“Enquanto isso.... o CPTA, conhecido como BUENA VISTA, serviu a um só dono, que transformou o local num salão com mesas, bares, sofás, redes, luminárias, jogos de luz e comercializava produtos entre bebidas alcoólicas e pratos variados, tendo seu público-alvo, estrangeiros. E a manutenção do prédio sob a administração da Prefeitura Municipal de Paracuru com pagamentos de água e luz!! Dinheiro público, dinheiro nosso, servindo a um só dono, que desmando cara de pau!!!! E a comunidade sem seu espaço para sua voz, suas ações; os jovens sem quadra para quadra de esporte e a cultura sem o anfiteatro”.


CPTA SERÁ DEVOLVIDO À COMUNIDADE!!!

Reunião realizada ontem no CPTA
Toda esta luta não foi vã, caros companheiros!!!!
Ontem, 15 de setembro de 2010, mais de cinco anos depois, o representante da SEMACE, Ivan Butão, em encontro com alguns representantes de entidades comunitárias e com a presença de representantes da “Nós da Rede” - Ariadyne Luz, Mozart Araújo, Lindomar Alcântara e Roberto Sérgio - informou que a partir de um compromisso firmado com o Ministério Público Estadual, através de um Termo de Ajustamento de Conduta, A PREFEITURA MUNICIPAL DE PARACURU E RICARDO MEIRELES DEVERÃO ENTREGAR O CPTA AO POVO NO DIA 05 DE OUTUBRO, para ficar sob a administração da SEMACE. Butão não soube informar como ficará o conselho gestor, que nestes anos de batalha esteve inativo. Mas afirmou que o órgão ambiental administrará o espaço a partir DA DEMANDA DO POVO!!!

Com esta conquista provamos que é possível, de forma organizada, combater o autoritarismo e os desmandos irresponsáveis de coronéis!!! Alertamos, também, que o povo precisa desepertar e se apropriar dos seus espaços.
E agora, podemos comemorar mais esta Vitória, que, sendo fruto da luta de algumas pessoas e entidades, beneficiará a todos os cidadãos de Paracuru.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Conselho Municipal de Saúde - Paracuru/CE

Quinta-feira (16/09) às 8:30, na Sede do Conselho Municipal de Saúde de Paracuru, ocorrerá sua reunião ordinária. Em pauta a aplicação dos recursos do projeto Saúde na Praça e avaliação do atendimento dos motoristas que trabalham na Secretaria de Saúde.
Desde a última reunião - em agosto - a mesa diretora deste conselho tem nova composição. O dentista Raimundo Ribeiro pediu demissão do cargo de secretário e foi eleita por unanimidade a Agente de Saúde Aline Braúna, para exercer esta função.
Além de Aline, fazem parte da mesa diretora a Sra. Kélvia Karla (Secretária de Saúde), como presidente, e o Sr. Adriano Barbosa  (Representando a Secretaria de Educação), na condição de vice-presidente.

terça-feira, 27 de julho de 2010

ONG Eco-Ação realiza o IV Pescando Informação

A preservação da vida do Estuário do Rio Curu é o objetivo primordial do Pescando Informação, realizado pela ONG Eco-Ação da cidade de Paracuru. O evento que envolve os pescadores da barra e seus familiares iniciou no último dia 23 com oficinas de Educação Ambiental, realizadas por representantes da Eco-Ação e Ibama, e finalizou com o Concurso da Pesca da Tainha e uma celebrada "basquetada", no dia 24.
Durante toda a sexta feira (23/07) discussões sobre a pesca predatória, vida marinha e pesca sustentável envolveram os pescadores da Barra do Rio Curu que já se encontram conscientizados e sabem sobre a importância do Estuário do Rio Curu para a preservação das espécies marinhas e a própria pesca.
O Concurso da Pesca da Tainha é o ponto alto do evento, no qual os pescadores vão para o seu local de trabalho, o estuário, pescar tainha com tarrafa e o grande vencedor é aquele que pescar a maior tainha. Este ano o vencedor foi o pescador Elaino que pescou a tainha de 0,34cm! Os pescadores Vicente, Pedro Lira, Naércio, Tobias e Manoel Pelona ficaram na segunda, terceira, quarta e quinta posições.
Como forma de confraternização todas as tainhas pescadas são assadas numa grande "basquetada".
No Pescando Informações todos os pescadores e participantes são vencedores e ganharam um prêmio valioso: a informação para a preservação da vida marinha e da pesca!!
A ONG Eco-Ação existe há 04 anos em Paracuru e desenvolve ações na área ambiental. Seja parceiro! Contato: ong.ecoação@yahoo.com.br


Pesca da Tainha o ponto alto do IV Pescando Informação

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Nós da Rede protesta e dá bom exemplo.



Cansados de ver um monte de lixo espalhado na praia durante os eventos da Prefeitura Municipal de Paracuru, integrantes da rede social Nós da Rede de Paracuru, em forma de protesto promoveram uma Ciscara do Lixo pondo, literalmente, a mão no lixo. Com ciscadores e sacos de lixo em apensas uma hora de coleta, 04 (quatro) integrantes da Nós da Rede encheram 14 sacos de lixo!!
A Ciscarada é mais uma forma de comunicar à Prefeitura de Paracuru sobre a urgência de políticas públicas quanto a destinação do lixo da praia. Há anos a Prefeitura no realiza a Regata de Jangadas de Paracuru configurando em um momento de fortalecimento da figura do pescador e entretenimento para moradores e visitantes desta bela cidade. No entanto, há anos, o descaso com a destinação do lixo tem sido marca impactante nos evento do poder público municipal.
Ausência de lixeiras em toda extensão da praia e principalmente no local do evento, nas quais os visitantes possam colocar o lixo produzido, tem deixado um rastro de sujeira em todo o litoral e no mar ao final do dia.
A questão do lixo na praia tem sido um debate constante nos espaços de discussão com a Prefeitura, em manifestação da população nas rádios locais, pelas instituições locais e regionais gerando ações de pesquisa e limpeza de praia e nada tem se feito enquanto política pública.
É sabido por todos do impacto do lixo na praia tanto para a vida humana quanto para vida marinha acarretando acidentes, doenças e mortes.

Com uma jangada como ponto de apoio, integrantes da Nós da Rede juntou uma parte do lixo produzido pela população no momento do evento chamando sua atenção sobre a necessidade da Prefeitura de Paracuru planejar seus eventos considerando aspectos essenciais como a destinação do lixo produzido, a implantação urgente de uma plano de destinação dos resíduos da praia e ampliação da educação ambiental para os moradores e visitantes.
E o protesto não pára por aí. Será enviada uma carta-protesto para todas as instituições envolvidas no evento: realizadores, promotores e patrocinadores.
É chegada a hora do poder público, sociedade paracuruense e visitantes deixar de achar natural o lixo despejado na praia para o mar limpar!!! O mar já tem sua sopa de lixo, os animais marinhos estão morrendo de inanição, engolindo sacos de plástico e pontas de cigarro.
A Nós da Rede espera que nos próximos eventos o lixo esteja no local no qual deve estar: na lixeira, não na praia!!!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Ívina Carla - 1º de Maio: Unidade para desorganizar

Antes de entrar de fato na opinião sobre o Dia do Trabalhador, quero deixar claro que não estou espalhando desilusão sobre o movimento popular organizado. A história nos conta como nasceu esse dia e a necessidade de tanta mobilização, principalmente quando ainda temos um inimigo “mascarado” que nos tenta vender ilusões.
Dentro de tantas bandeiras essenciais temos a Redução da Jornada de Trabalho, infelizmente o que poderia ser não foi, um grande agente mobilizador, onde as centrais sindicais deveriam ter unificado. Mesmo com todas as divergências, essa com certeza conciliaria e faria a diferença nesse dia. Lembrei agora do Grito da Terra em Iguatu (1997), quando aprendi que “Um povo unido é um povo forte,” e com isso ocupamos a cidade centro-sul do estado.
Voltando ao tema, eu não senti o ardor popular, e até compreendo que montar com ato- show é uma forma de mobilizar e já faz um tempo que esses instrumentos são usados, mas qual resultado tirado com isso? Concordo que as manifestações artísticas devem permear todos os eventos populares, mas uma coisa é a difusão cultural, outra coisa é reforçar estereótipos e rótulos criados numa sociedade e que nós não concordamos. O 1º de Maio tem um grande sentido, de luta, e que não podemos perder de vista.
Eu compreendo que as conjunturas são diferentes, mas a opressão à classe trabalhadora não é, tendo marcas e semelhanças muito fortes. Vendo o noticiário sobre o Dia do Trabalhador na Grécia [mais uma vez, não quero copiar nada] destaco a mobilização do povo, contra algo além de um pacote governamental, um dia marcado pelo confronto dominante x dominado e não vejo que lutar seja um crime ou algo arcaico ou fora de moda. Os trabalhadores precisam se reconhecer no processo mudancista e colocar pra fora a indignação frente às injustiças sociais. Reconheço também que vivemos um governo progressista e que obtivemos vitórias significativas, mas o sistema ainda é o mesmo, sendo necessária mais ousadia da nossa parte.
E a mídia? Essa merece vários comentários, cumpre o papel “desinformador” e através das edições de imagens e notícias “imparciais” continuam a dizer ao trabalhador que o dia é do Trabalho [mesmo que Getúlio tenha definido isso, eu não concordo] e ainda fazem reportagens que distorcem a realidade do que acontece no dia-a-dia dos que fazem a roda da fortuna girar no Brasil.
É revoltante assistir o Jornal Nacional e ver a repercussão tão empobrecida de um dia tão grandioso. É muito maldoso afirmar que as Centrais Sindicais recebem verba estatal pra financiar as mobilizações, como se isso fosse ilegal, pois bem, e esse veículos que há muitos anos recebem “rios” de dinheiro de publicidade oficial, que de fato é o que dá mais lucro a esses meios de comunicação e isso eles não falam, como se não necessitassem do aparelho governamental pra sobreviver.
Pra finalizar, penso que precisamos de um “reboliço” maior, desorganizar essa sociedade. Mesmo com as conquistas de direitos sociais, sabemos que ainda é pouco e existe a necessidade de engajar os trabalhadores e trabalhadoras em algo bem maior, passando pelo processo de conscientização popular, como diz uma letra da banda Natiruts “A consciência do povo daqui é o medo dos homens de lá”. Devemos lutar para conseguirmos influenciar mais no potencial de intervenção popular, conquistando as amplas massas e visando sempre desfazer a propaganda midiática de que o movimento está fragmentado ou enfraquecido. A história é para ser construída e nos cabe revolucionar essa edificação e com serenidade e de cunho revolucionário, eu vejo que o momento exige isso.

PS: Duas cenas que me emocionaram no 1º de Maio: na linha de ônibus Grande Circular 1, fitei um homem lendo durante o trajeto até o terminal de Messejana o Manifesto do Partido Comunista; a outra foi passar por uma ocupação do MST no José Walter. Muita gente, com risco de chuva, mas as pessoas permaneceram ali.

Ivina Carla é estudante de Jornalismo da Faculdades Cearenses (http://ivinacarla.blogspot.com/)

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Conferência municipal de saúde mental

Quarta-feira (14/04) acontecerá, no Salão Paroquial em Paracuru, a Conferência Municipal de Saúde Mental.
Todos estão convidados para mais este momento de participação popular.

terça-feira, 30 de março de 2010

REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE DE PARACURU

Próxima quarta-feira (31/03) haverá, no Núcleo de Educação em Saúde e Mobilização Social, reunião extraordinária do Conselho Municipal de Saúde (CMS), rua Coronel Astraugésilo S/N, Centro.
Em pauta para discussão: Plano de trabalho referente ao Projeto Estadual de Estruturação e Organização da Assistência Faramcêutica Básica.
A reunião tem início às 8h.

sábado, 27 de março de 2010

Nós da Rede em Itapajé

Ontem (26/03), Nós da Rede esteve na cidade de Itapajé apresentando nossa experiência para lideranças comunitárias da cidade de Itapajé.
A convite do do Sr. Antonio, presidente da Associação Cultural Flor da Terra, do bairro Conjunto São Francisco II, os componentes da nossa rede Jurandir, Edmundo e Anderson, realizaram um debate sobre redes sociais e controle social.

Estiveram presentes no debate, que ocorreu na creche do Conjunto São Francisco,  professores da rede municipal, sindicalistas, diretores de ONG e moradores do bairro.
Ao final foi encaminhado proposta de implantação de uma rede social na cidade de Itapajé, que será formalizada numa próxima visita da Nós da Rede no mês de abril.
Esperamos que este seja o primeiro passo para a expansão desta experiência rica e produtiva principiada em Paracuru com a Nós da Rede.

terça-feira, 23 de março de 2010

Desiguldade na saúde das mulheres

Postamos a seguir texto retirado do sítio virtual da Revista Fórum.

A saúde não é igual para a mulher pobre

Por Mirta Roses

"O tratamento sanitário no contexto da desigualdade de gênero se reflete na publicação da Organização Mundial da Saúde (OMS) “As mulheres e a saúde. Os dados de hoje, a agenda de amanhã” e em “A saúde das mulheres e dos homens nas Américas. Perfil 2009”, que a Organização Pan-Americana de Saúde (OPS) divulgou este mês. O avanço feminino na educação e no acesso ao mercado de trabalho nas Américas não foi parelho com similar progresso no exercício dos direitos à saúde. As desigualdades de gênero que impedem as mulheres de terem o máximo nível de saúde acentuam-se nas populações mais vulneráveis, como as pobres, indígenas, afrodescendentes, adolescentes e rurais.

Os graus de mortalidade materna, a evolução das infecções de HIV/aids e a violência são três dos aspectos examinados no estudo da OPS. Apesar de as mortes maternas serem evitáveis, persistem níveis muito altos nas Américas. A taxa de mortalidade materna é de 63,7% por cem mil nascidos vivos, com uma amplitude que vai de 8,8 no Canadá a 630 no Haiti. A mortalidade materna é a primeira causa de morte nas mulheres entre os 15 e 24 anos em alguns países. Isto se deve a desigualdades na prevenção e na atenção.
Assim, a mortalidade materna é menor quando as mulheres têm acesso ao planejamento familiar, mas o estudo revela que as adolescentes, as indígenas e as pobres são as mais afetadas pela falta de assistência. Da mesma forma, o acesso a cuidados profissionais na gravidez e no parto apresentam grandes disparidades, com as mulheres daqueles mesmos setores sendo as mais prejudicadas. Nos últimos anos, o HIV (vírus da deficiência imunológica humana) aumentou rapidamente entre as mulheres, com proporções mais altas do que nos homens e em alguns países do Caribe e da América Central, especialmente no grupo de 15 a 24 anos de idade.
A violência contra as mulheres é um problema de saúde pública que afeta todos os grupos de população das Américas. A violência física aparece junto com a psicológica e muitas vezes com a sexual. O impacto desta na saúde reprodutiva pode ser grave, inclusive com risco de contrair o HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis. Nos países com informação disponível, registra-se alta prevalência de violência física e sexual contra a mulher por parte do marido ou companheiro. A proporção de mulheres que declararam ter sofrido violência física varia entre 14% e 52%, enquanto a violência sexual tem amplitude de 4% a 15%.
O perfil da mortalidade continental mudou nas últimas décadas. Na maioria dos países, afecções crônicas degenerativas e causas externas, como acidentes e homicídios, vão deslocando doenças transmissíveis como causas principais de morbidade e mortalidade. Essa mudança tem um efeito desproporcional nas mulheres. A crescente prevalência de doenças crônicas, somada à privatização da saúde, elevou a demanda por atenção sanitária nos lares, tarefa assumida sobretudo pelas mulheres, sem reconhecimento social nem econômico, nem ponderação das consequências sobre sua saúde física e mental.
Há estudos mostrando que algumas mulheres se veem obrigadas a deixar seus trabalhos remunerados para cuidar em suas casas de pessoas que precisam de atenção. Após cem anos de luta pela igualdade de gênero, houve avanços inegáveis, mas ainda temos muito caminho pela frente. É necessário elevar a consciência e mobilizar energias da sociedade civil para exigir políticas públicas que, com decisão, firmeza e celeridade, corrijam as desigualdades que afetam a saúde das mulheres".
Publicado por IPS/Envolverde. Crédito da imagem: Fabrício Vanden Broeck.

terça-feira, 16 de março de 2010

Desnaturalizar os preconceitos e os mitos contra a mulher.

Desnaturalizar foi um das palavras mais usadas pela palestrante Lourdes Góes, Gestora de Políticas da Mulher da Prefeitura de Fortaleza, na palestra realizada no dia 12 de março, num evento alusivo ao centenário do Dia Internacional da Mulher, no auditório da ABIP. Desnaturalizar os mitos que se referem aos papéis da mulher na sociedade atual.
Em sua palestra, Lourdes Góes apresentou um histórico dos 100 anos do Dia Internacional da Mulher e apresentou as conquistas das mulheres ao longo deste século, bem como os problemas ainda a serem enfrentados para a garantia de uma sociedade mais justa e igualitária.
O direito ao voto, a inserção no mercado de trabalho, atenção à saúde da mulher são conquistas relevantes.
No entanto, discriminação, jornadas duplas de trabalho e a violência são problemas ainda serem combatidos.
O debate que se sucedeu à palestra se encaminhou para o engajamento de mulheres presentes no processo de desnaturalização dos processos sociais, com a preocupação constante em relação à violência que acomete diversas mulheres na cidade de Paracuru.
Além do tema violência, mulheres e homens debateram temas de relevância como a legalização do aborto, a ditadura da beleza, a exploração do trabalho da mulher pela mulher, divisão sexista do trabalho.
Com o desenrolar do debate foi proposta a formação de um grupo de mulheres que teve a adesão de cinco mulheres que iniciarão um trabalho em breve.
Além do debate, boas músicas fizeram parte do evento na voz do cantor Domício.
A citação “Que nada nos defina, que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa substância” foi dita no final do evento e que traduziu o novo momento instaurado na vida de mulheres e homens ali presentes.

terça-feira, 9 de março de 2010

100 ANOS DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Há 100 anos, no dia 08 de março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher. Esta data foi instituída em homenagem a um grupo de mulheres que tiveram suas vidas massacradas por lutar por trabalho digno.

No entanto, o objetivo desta data não é apenas comemorar, mas também discutir o papel da mulher na sociedade atual. Na maioria dos países, neste dia,realizam-se conferências, debates e reuniões que levam milhares de mulheres a refletir sobre o seu modo de estar na sociedade.
E é com este intuito que a rede social Nós da Rede convida a todos para comemorar o Dia Internacional das Mulheres, no dia 12 de março, às 18 horas, no auditório da ABIP, com um debate com a Gestora de Políticas para as Mulheres da Prefeitura de Fortaleza, Lourdes Goes, enfermeira, professora universitária e sócia-fundadora da ONG Feminista Casa Lilás.

Participe desse momento!!

terça-feira, 2 de março de 2010

Jornada de mulher grávida poderá ser reduzida em duas horas

Tramita na Câmara o Projeto de Lei 6273/09, do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que reduz em duas horas a carga horária diária de trabalho da mulher grávida, a partir do sétimo mês de gestação. Se aprovada, a medida será incluída na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Decreto-Lei 5.452/43), na parte que trata da proteção à maternidade.
Jovair Arantes afirma que o projeto significa um investimento social de longo alcance, beneficiando a mulher e o bebê. A mulher, diz, terá melhores condições de trabalho nas últimas semanas e poderá aproveitar o tempo livre para se programar para a chegada da criança.
"Nas últimas 16 semanas de gravidez, as gestantes costumam ter ganho importante de peso, quando o feto dobra de tamanho e elas carregam uma barriga de pelo menos 5 quilos, incluindo a placenta. É inquestionável o sacrifício físico a que elas se veem submetidas", observa o deputado.

Mudança no comportamento
A medida, diz ainda Arantes, junta-se a outras que também beneficiam a maternidade, como a ampliação da licença de quatro para seis meses, mediante incentivo fiscal às empresas (Lei 11.770/08), e a extensão do direito à licença e ao salário-maternidade à mãe adotiva (Lei 10.421/02).
"Temos verificado uma mudança no comportamento da sociedade brasileira em relação às gestantes. Se antes os benefícios concedidos podiam ser vistos como 'mordomias', hoje as pessoas já os veem como direitos importantes para preservar a integridade do feto", afirma o parlamentar.

Tramitação
O projeto tramita em conjunto com os PLs 3610/08 e 4653/94 e outras 25 propostas que tratam de jornada de trabalho. Os textos serão analisados de forma conclusivaRito de tramitação pelo qual o projeto não precisa ser votado pelo Plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-lo. O projeto perderá esse caráter em duas situações: - se houver parecer divergente entre as comissões (rejeição por uma, aprovação por outra); - se, depois de aprovado pelas comissões, houver recurso contra esse rito assinado por 51 deputados (10% do total). Nos dois casos, o projeto precisará ser votado pelo Plenário. pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

Projeto de Lei: Ficha Limpa

Grupo de Trabalho da Câmara prepara texto para Plenário

Após uma tarde de discussões sobre o projeto de lei da Ficha Limpa (PLP 518/09) durante audiência pública, os deputados que integram o GT da Ficha Limpa da Câmara deram continuidade às estratégias para preparar um texto substitutivo a ser apresentado ao presidente da Casa , Michel Temer, até o dia 17/03. A partir das contribuições que o MCCE passou aos parlamentares na audiência, serão recebidas agora sugestões dos deputados do GT para o texto final, que segundo consenso do grupo, terá como eixo principal a proposta do PLP 518/09.
O prazo para que o relator do texto, deputado Índio da Costa, receba as sugestões será até o dia 03/03, na próxima reunião do grupo. Depois disso, o deputado terá mais uma semana para apresentar um texto final. Por proposta do deputado Chico Alencar , aceita pelo GT, esse texto será ainda apresentado para as entidades do MCCE, que poderão fazer suas considerações antes do texto ser entregue ao presidente da Câmara.
Para o membro do MCCE e da Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP/CNBB), Francisco Whitaker , os trabalhos dessa tarde foram bem proveitosos. “Ontem (na audiência), foi um passo decisivo que nos mostrou que é possível apresentarmos um projeto que seja aceito pela maioria do Congresso e que não desfigure nosso projeto inicial. A reunião de hoje confirmou isso”, ressaltou Whitaker.
Mas apesar dos bons resultados da última semana na Câmara, o membro do MCCE lembra a toda a sociedade e principalmente aos militantes do MCCE, que chegou a hora de se realizar atos públicos e mobilizações que reforcem o apoio ao projeto pelo país. Inclusive alguns deputados do GT se mostraram favoráveis a participar de eventos para discussão e apoio à proposta quando convidados. “Toda essa tramitação se dará num espaço de tempo muito curto e as mobilizações precisam se intensificar nesse momento”, diz Whitaker.
O Grupo de Trabalho agendou uma audiência pública com os presidentes do STF, Gilmar Mendes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Ayres Britto, e com o Procurador Geral da República, Roberto Monteiro Gurgel Santos , para próxima terça-feira, dia 02/03, a ser confirmada pela agenda dos convidados. A audiência é aberta à sociedade a partir das 14h na Câmara dos Deputados.

Fonte: SE-MCCE

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

NOTA DO MCCE

Publicamos a seguir nota do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) nos enviada, por email, pela Fernanda Verillho da Amigos Associados de Ribeirão Bonito (AMARRIBO).

NOTA
O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) – rede integrada pelas 43 organizações sociais responsáveis pela realização da Campanha Ficha Limpa –, tendo em vista o resultado dos debates ocorridos no Colégio de Líderes da Câmara dos Deputados nesta semana, vem apresentar as seguintes considerações:
1. As mais de 1 ,5 milhões de assinaturas que apoiam o projeto de lei de iniciativa popular sobre a vida pregressa dos candidatos (PLP 518/2009) são apenas uma mostra da forte base social da Campanha Ficha Limpa;
2. A sociedade brasileira espera que não ocorram novos adiamentos na discussão e aprovação dessa matéria que está em primeiro lugar na pauta de interesses de todos os cidadãos e cidadãs;
3. O MCCE dispõe-se a participar de qualquer diálogo congressual que tenha por finalidade aprimorar o texto do projeto de lei , não aceitando que eventuais alterações redacionais venham a desfigurar os princípios que nortearam a iniciativa.

Brasília, 05 de fevereiro de 2010.
Dom Dimas Lara Barbosa - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
Marcos Túlio de Melo - Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea)

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

A PEDRA DA MORTE

Há bem pouco tempo a expressão craque servia para explicar uma pessoa com grandes habilidades no futebol. Que saudades dos velhos tempos! Não pelo fato de não haver mais craques no futebol, aqui no Brasil, por exemplo, é muito fácil encontrá-los. Acontece que um outro tipo de "crack" vem tirando o sono de muitas famílias paracuruenses e num futuro próximo a vida de muitos de seus entes queridos. Esse "crack" a qual me refiro, é uma substância entorpecentes com auto-poder de destruição. Só para se ter uma idéia, ao fumá-lo, o "crack" leva dez segundos para faze o efeito, gerando euforia e excitação; no caso da dependência, o iniciante precisa usar apenas três vezes para se viciar. Cinco a sete vezes mais potente que a cocaína, essa "pedra da morte" invadiu nossa cidade, nossas casas e ameaça escravizar nossos filhos.
Talvez você me pergunte: O que eu tenho a ver com isso?
E eu lhe respondo: Você talvez não, mas nós, com certeza sim. Esse é um problema social e consequentemente é um problema nosso.
Todos os dias crianças e adolescentes ainda no limiar de suas vidas caem na teia do "crack". A expressão "teia" se aplica muito bem nesse caso, pois é como um inseto preso na teia de uma aranha que os iniciados dessa armadilha vão se debater até suas forças se exaurirem e aguardar pela morte certa.
E aí? Vamos deixá-los morrer?
Ou vamos apontar o dedo e criminalizá-los?
Todas essas são alternativas são cômodas demais! Talvez por isso a praticamos no dia a dia.
Precisamos urgentemente de uma ação coletiva que possa salvar das drogas nossas crianças e adolescentes antes que seja tarde demais.

Lindomar Alcântara
Presidente da ONG EcoAção  

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

REUNIÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PARACURU

Próxima sexta-feira (26/02) haverá, no Auditório da Educação, reunião do Conselho Municipal de Educação (COMEPA).
Como pauta para discussão: Encaminhamento das ações do Planejamento Estratégico 2010.
A reunião tem início às 8h.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Reunião Extraordinária do Conselho Municipal de Saúde

Próxima quarta-feira (24/02) às 8h, ocorrerá a reunião extraordinária do Conselho Municipal de Saúde de Paracuru. A pauta encaminhada aos conselheiros é a seguinte:
1. Reprogramação do Projeto Olhar Brasil
A reunião ocorrerá no Núcelo de Educação em Saúde e Mobilização Social, localizado na rua Coronel Austragésilo, S/N - Centro.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

INFORMATIVO - APEOC/PARACURU

Postamos a seguir nota do Sindicato APEOC Seção Paracuru.

INFORMATIVO

O Sindicato APEOC informa aos seus associados, que encaminhou nesta terça-feira (09/02), ofício solicitando da Prefeita Érica de Figueiredo o cumprimento do art. 91 da lei orgânica do município, que garante ao servidor municipal de Paracuru a atualização de seu salário na mesma data de atualização do salário mínimo nacional. A portaria 474 da Presidência da República definiu a referida atualização salarial a partir de 1º de janeiro de 2010, no valor de R$ 510,00 reais. Porém, no mês janeiro continuou sendo pago aos servidores o salário mínimo de R$ 465,00 reais. O documento solicita ainda o cumprimento do Plano de Carreira e Remuneração e da Lei do piso salarial dos professores de Paracuru, onde em seus artigos 49 e 4º respectivamente, garantem aos profissionais do magistério atualização salarial, anualmente, no mês de janeiro a partir de 2009. Os professores de Paracuru, com formação em nível médio e 40h semanais recebem atualmente R$ 930,00 reais, como vencimento inicial da carreira. De acordo com as leis citadas deveria ter sido atualizado, em janeiro para R$ 1.024,67 reais.
Para finalizar o Sindicato APEOC reforça sua indignação diante da situação exposta e reafirma seu compromisso em defesa de seus associados.

Paracuru, 11 de fevereiro de 2010.
Comissão do Sindicato APEOC de Paracuru.
Roberto Sérgio Leonilio de Moraes
Jurandi Soares de Moura
Geisa Sousa Torres

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Reunião do Conselho Municipal de Saúde - Paracuru

Amanhã (09/02) às 8h, ocorrerá a reunião ordinária do mês de fevereiro do Conselho Municipal de Saúde de Paracuru. A pauta encaminhada aos conselheiros é a seguinte:
1. Dificuldades dos conselheiros dos distritos;
2. Material de trabalho dos agentes comunitários de saúde;
3. Regimento interno e Lei de alteração do conselho;
4. Informes.
A reunião ocorrerá no Núcelo de Educação em Saúde e Mobilização Social, localizado na rua Dr. Austragésilo, S/N - Centro.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Combate à Corrupção Eleitoral

MCCE ao acesso de todos

O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) está em diversas comunidades virtuais na internet. A idéia é que, além do site oficial, esses novos espaços contribuam para divulgação da rede e estimule cada vez mais a participação da sociedade em ações de combate à corrupção eleitoral.
Por ser uma rede social, o MCCE precisa também do apoio dos cidadãos e cidadãs interessados em mudar a realidade política do país. Para isso, o Movimento oferece vários canais de interação e através dos quais a sociedade pode conhecer e se atualizar sobre as ações do Movimento. Orkut, Facebook, Twitter são espaços virtuais onde o MCCE já está presente. Além do site oficial WWW.mcce.org.br
De acordo com o membro do MCCE, Márlon Reis, responsável pela atualização dessas redes, são mais de 10 mil pessoas que já manifestaram o propósito de interagir por meio das comunidades na internet. A expectativa é que esse número continue a crescer, expandindo também ações de combate a corrupção eleitoral pelo país como: a compra de votos e o uso eleitoral da máquina, ou mesmo manifestando apoio e cobrando a aprovação do projeto da Ficha Limpa, que hoje tramita na Câmara dos Deputados.
Em 2010, quando o Brasil terá novas eleições, esses espaços virtuais serão importantes ferramentas nas mãos dos eleitores, que devem ficar atentos ao passado de seus candidatos/as, assim como ter orientação de como agir e o que fazer para prevenir a corrupção eleitoral.
Para fazer parte, acesse:
No Facebook: http://www.facebook.com/group.php?gid=91633340771
No Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=5065228
No Twitter: twitter.com/fichalimpa

Fonte: MCCE

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

NOSSA JUSTIÇA

Postamos a seguir texto de Cláudio Abramo publicado originalmente no sítio virtual do Estadão.

Justiça gramatical

Imagine o eventual leitor que um agente da Polícia Federal de plantão em algum aeroporto brasileiro, num certo dia, receba um telefonema durante o qual alguém informe sobre a presença de um bombardeador suicida num avião que esteja prestes a decolar. Imagine ainda que, ao ser indagado sobre sua identidade, o denunciante decline de fornecê-la. Imagine também que, com base na informação recebida, o agente decida sustar a decolagem para averiguar a questão. Suponha, por fim, que a diligência resulte na confirmação da informação: o passageiro denunciado efetivamente veste um colete recheado com bananas de dinamite.
Pergunta-se: qual pode ser a consequência legal para o terrorista?
Resposta: nenhuma, ao menos segundo o entendimento do sr. Cesar Asfor Rocha, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Conforme o ministro, denúncias anônimas não podem motivar iniciativas de agentes públicos. O certo seria o policial nada fazer a respeito. Pior, uma vez que teria cometido um ato ilegal, o agente poderia sofrer punição administrativa e mesmo ser processado. Quanto ao terrorista, seria libertado com desculpas. Poderia ainda processar o policial federal por danos morais.
Essa, sem tirar nem pôr, foi a decisão de Asfor Rocha ao conceder liminar a mandado de segurança impetrado por investigados na Operação Castelo de Areia contra a própria existência da ação penal contra eles. Para o ministro, parte dos indícios de práticas de corrupção de que são acusados executivos da empresa Camargo Corrêa e que informam o processo decorrente da Castelo de Areia seria inválida, porque a denúncia original foi anônima.
É claro que a responsabilidade dos executivos em questão teria de ser confirmada judicialmente antes de se poder afirmar que eles, de fato, cometeram crimes de corrupção.
No entanto, caso a liminar concedida por Asfor Rocha não seja derrubada no STJ e se recursos posteriormente apresentados ao Supremo Tribunal Federal forem rejeitados, não haverá decisão judicial alguma, porque não haverá processo.
O caso do ministro-presidente do STJ é exemplar de um particular tipo de disfuncionalidades da Justiça brasileira - a tendência manifestada por muitos magistrados de considerarem que a Justiça não passa de um jogo de formalidades sem relação com a vida. Para eles, a literalidade dos textos legais é muito mais importante do que a administração de justiça. Não atentam para o fato de que, se as situações concretas levadas aos tribunais devessem sempre ser decididas por aplicação mecânica de dispositivos legais, então, não existiria justificativa para a existência de juízes. Máquinas poderiam cumprir a tarefa, o que, aliás, fariam melhor do que seres humanos, pois a vantagem das máquinas é fazerem sempre tudo do mesmo jeito.
Justiça é outra coisa. As leis não são formuladas como exercícios sintáticos destinados a tertúlias entre operadores do Direito, mas para enfrentar situações concretas. Os códigos legais refletem, no limite, as expectativas de justiça emanadas da sociedade.
É claro que as leis mudam muito mais devagar do que as aspirações sociais. Isso não é mau, pois é necessário proteger o arcabouço jurídico de mudanças intempestivas, que no longo prazo se podem revelar contraproducentes. De toda maneira, um dos motivos pelos quais juízes existem é abreviar a distância entre as leis e as expectativas da sociedade.
É claríssimo que a formulação constitucional que proíbe a denunciação anônima (e, por consequência, também proíbe ao Estado ocultar a identidade de denunciantes) é demasiado abrangente e anacrônica. A base desse preceito são relações privadas: uma pessoa física não pode sofrer processo (por exemplo, por danos materiais) movido por alguém que permaneça não identificado.
Não é de modo algum o caso de processos movidos por agentes do Estado, como são os promotores públicos. Estes não agem anonimamente.
Observe-se que as convenções internacionais de combate à corrupção de que o Brasil é signatário explicitam a necessidade de se montarem mecanismos de recepção de denúncias sem exigência de identificação do denunciante. Isso é muito importante para se obterem informações, principalmente, de agentes do Estado e de funcionários de empresas envolvidas em corrupção (ou de seus concorrentes, claro), os quais de outra forma se sentiriam justificadamente vulneráveis. Sem esse tipo de proteção a investigação de possíveis atos de corrupção de alto coturno se torna quase impossível.
Vários órgãos brasileiros aceitam denúncias anônimas, como, por exemplo, a Controladoria-Geral da União (CGU). No sítio da CGU na internet podem-se denunciar suspeitas de corrupção sem necessidade de identificação. A CGU processa internamente essas denúncias e quando considera serem, em tese, plausíveis abre processos de investigação. Faz isso de ofício, quer dizer, o procedimento é desencadeado pelos agentes do próprio órgão.
O mesmo acontece com os serviços de Disque-Denúncia, que se espalham com grande sucesso por vários Estados do País e têm sido responsáveis pela redução de certos tipos de crimes, como sequestros.
Se dependesse de Asfor Rocha, tudo isso seria considerado ilegal.
No caso em questão, é evidente que o ministro poderia ter ponderado que tanto a Polícia Federal quanto o Ministério Público agem de ofício, e que, portanto, a denúncia contra os réus da Camargo Corrêa não foi anônima.
Ao não reconhecê-lo, o ministro-presidente do STJ emite o sinal claríssimo de que, se depender dele e daqueles que pensam como ele, no Brasil a investigação de corrupção deve ficar restrita a casos triviais.

Claudio Weber Abramo, bacharel em Matemática e mestre em Lógica e Filosofia da Ciência, é diretor executivo da Transparência Brasil, organização não-governamental dedicada ao combate à corrupção no País.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

COM O PLANO DIRETOR NAS MÃOS E OS PÉS NO CHÃO

Em seu artigo 182, a Constituição Federal, prevê que a “política de desenvolvimento urbano, executado pelo poder público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem estar de seus habitantes”. Para sua regulamentação foi aprovada em 2001 a lei 10.257, mais conhecida como o Estatuto das Cidades, que determina a elaboração do Plano Diretor para municípios com mais de 20 mil habitantes.
Foi no ano 2008 que Paracuru vivenciou um dos mais longos processos de construção coletiva de um documento, o Plano Diretor de Paracuru (PDP). Foram 08 (oito) meses de trabalho que envolveu a sociedade civil e poder público em discussões e proposições para uma cidade mais ordenada.
O processo iniciou com um fórum que reuniu mais de 100 (cem) representatividades no auditório da Secretaria de Educação com o objetivo de eleger o Comitê de acompanhamento da elaboração do PDP.
A elaboração do PDP contou com um diagnóstico realizado pela empresa Espaço Plano, oficinas temáticas (meio ambiente, economia) e fóruns de discussões. Os fóruns eram momentos de aprovação ou não das propostas apresentadas nas oficinas e empresa.
Representantes, que hoje participam da “Nós da Rede”, estavam lá: no Comitê, nas oficinas e nos fóruns. Estavam cá: ouvindo suas comunidades, estudando os tomos apresentados pela Espaço Plano.
Mas nas duas últimas etapas, a sociedade civil ficou de fora...
De acordo o Ministério do Turismo, as duas últimas etapas consistiam em aprovação pela Câmara de Vereadores e divulgação dos documentos para a cidade.
O PDP foi aprovado pela Câmara dos Vereadores de Paracuru, na calada da noite, quase véspera de Natal, no silêncio, bem longe dos olhares e ouvidos da sociedade civil.
Um ano (2009) foi o tempo de busca da “Nós da Rede” junto ao poder executivo, especificamente a Secretaria de Turismo, por este PLANO que tem a voz e o suor do povo. Somente no Ministério Público conseguimos achar um cópia deste documento que deveria estar na Biblioteca e nas diversas secretarias.
Mas, estranho é saber que durante todo o ano empresários de diversos locais do mundo tinham acesso ao PDP tão inacessível à sociedade civil paracuruense...
É importante considerar que como o documento foi elaborado de forma coletiva, compreendendo que diversos segmentos da cidade estavam envolvidos no processo, inclusive os vereadores, representantes do povo, a sua análise na Câmara dos Vereadores deveria caminhar para sua aprovação total, não havendo permissão para alterações de artigos. Caso houvesse algum artigo a ser alterado o PDP deveria ser desaprovado em sua totalidade.

Será que era uma vez um lote de 7m de frente... E NÃO era uma vez um lote de 10m de frente?

Bom, o PDP está em nossas mãos e é com pé no chão, como estivemos durante todo o processo de construção deste documento, que estamos analisando artigo por artigo para confirmar sua veracidade ou não.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Saúde: questão de consciência

(ROBERTO MANGABEIRA UNGER)

É por falta de dinheiro que o SUS, um sistema excelente em seu conceito e arcabouço institucional, fica muito aquém do programado

DUAS QUESTÕES são centrais para a saúde. A primeira é o financiamento do sistema público, o Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecido pela Constituição Federal de 1988. Trata-se de um dos maiores avanços jamais conquistados em matéria de políticas públicas na história do Brasil: o compromisso de assegurar acesso universal à saúde de qualidade.
O SUS, porém, nasceu com defeito de origem. No momento de sua criação, viu destroçada sua base de financiamento. Desvinculou-se a saúde da Previdência sem que se criasse fonte alternativa para financiá-la. Desde então, capenga de um remendo para outro. É por falta de dinheiro, não apenas por falha de gestão, que esse sistema excelente em seu conceito e arcabouço institucional fica muito aquém do programado.
Se a primeira questão é o financiamento, a segunda é a injustiça. Há dois mundos da saúde no Brasil. Um, para cerca de 20% da população, é o mundo dos planos privados. Na média, propicia um serviço de saúde equivalente em qualidade ao de um país europeu relativamente pobre, como a Grécia. O outro, para os restantes 80% da população, é o mundo dos que só têm o SUS. Oferece muito menos, não só por defeito de ideia ou mesmo de gestão, mas também e sobretudo por insuficiência de recursos.
O gasto per capita em saúde no primeiro desses dois mundos é pelo menos três vezes o gasto per capita no segundo. Boa parte desse gasto, porém, é financiado, direta ou diretamente, pelo Estado brasileiro, de muitas maneiras que se reforçam.
O mecanismo mais importante é o perdão fiscal: dedução tributária para quem paga os planos privados e para as instituições filantrópicas significa o mesmo que financiar o sistema privado com dinheiro do Tesouro.
A injustiça encarnada na relação entre esses dois mundos da saúde se traduz em desigualdades de vida e morte, de alívio e sofrimento. Desonra e enfraquece o Brasil.
A elite reformadora e republicana que criou o SUS, e que zela por sua integridade, entende que só se deve abordar o segundo problema -o da injustiça- depois de equacionar o primeiro problema -o do financiamento. Grave equívoco.
A única maneira eficaz de resolver ambos os problemas é inverter a sequência. Jamais resolveremos o problema do financiamento enquanto não enfrentarmos primeiro, não depois, o problema da injustiça.
Enquanto a minoria puder separar a sua sorte da sorte da maioria, separará. O apelo à consciência será fraco demais para derrotar a aliança do egoísmo com a desesperança. Não quer dizer que se deva solapar o mundo dos 20% para soerguer o mundo dos 80%. Significa, isto sim, que se deve começar a organizar o entrelaçamento progressivo dos dois mundos para, com isso, obrigar os 20% a ajudar os 80% em interesse próprio. A estratégia para resolver é abrir vasos comunicantes entre os dois mundos.
Algumas medidas, relativamente simples, ainda que politicamente controvertidas, marcariam o início dessa caminhada.
Uma primeira medida é começar a diminuir o perdão fiscal: por exemplo, para dois terços do valor atual. Para cada R$ 2 de dedução de Imposto de Renda para pagar os planos privados, R$ 1 -o real poupado para o Tesouro pelo novo sistema- seria usado para financiar o SUS. Uma segunda medida é exigir que qualquer uso do sistema público pelos segurados dos planos privados seja ressarcido por estes ao Estado pelo critério do custo real. Uma terceira medida seria condicionar o acúmulo de capital e de tecnologia nos hospitais privados, quase sempre na base de subsídio do Estado ou de incentivo fiscal, à exigência de dedicar parte do tempo ao atendimento gratuito de usuários do SUS.
A quarta medida é promover a organização de unidades, ao mesmo tempo de pesquisa e de atendimento de ponta, que juntem o setor público ao terceiro setor -os hospitais universitários ou autenticamente filantrópicos, que representam, em grande parte do mundo, o que há de mais avançado em medicina. As classes endinheiradas têm fome ilimitada pela medicina mais sofisticada que houver -afinal, todos, ricos e pobres, querem vida eterna. Não se lhes deve permitir satisfazer o anseio sem que todos o possam compartilhar.
Criadas brechas nas muralhas que hoje separam, em matéria de saúde, o mundo dos 20% do mundo dos 80%, surgirão pela primeira vez condições para colocar o refinanciamento do SUS no topo da agenda nacional. A minoria terá motivos para lutar pela melhoria da situação da maioria. As conveniências se aliarão às consciências para tornar a pobreza no Brasil menos mortífera do que ela é hoje.

(Artigo publicado na Folha de São Paulo de domingo 24/01)

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

SANEAMENTO BÁSICO

Plano de Saneamento Básico Participativo

Elabore o Plano de Saneamento de sua cidade e contribua para melhorar a saúde e o meio ambiente do local onde você vive!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

CRIMINALIZAR E PUNIR

"No Brasil, a luta por direitos sempre foi tratada como crime. Que o digam índios, escravos, camponeses, trabalhadores das cidades, moradores de periferias e favelas, mulheres... Ainda hoje, para acumular terras e poder, velhas oligarquias usam jagunços, depois os capitães do mato - polícias -, e finalmente comparecem ou enviam os filhos - como prefeitos, legisladores, promotores e juízes - para assegurar impunidade"
(Rogério Lannes Rocha - Coordenador do Programa RADIS em editorial do No. 84 de Agosto de 2009 da revista RADIS Comunicação em Saúde)

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Aniversário do Conjunto Nova Esperança

O presidente da Associação Comunitária do Conjunto Nova Esperança convida a todos para participarem das comemorações de aniversário do bairro.
O evento acontecerá dia 30 de Janeiro a partir das 18h próximo à Casa da Família, localizada no bairro.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Minha casa, Minha Vida

Com a liberação de mais de três bilhões de reais para a execução do Programa Minha Casa, Minha Vida em municípios com menos de 50 mil habitantes, realizada hoje, pelo presidente Lula e o ministro da cidades Marcio Forte, Paracuru fica contemplado a partir de proposição enviada pelo Goveno do Estado do Ceará.
Segundo informações do blog DasPalavraseDasCoisas serão destinadas para cá 60 unidades habitacionais, totalizando 900 mil reais.
Fique por dentro.

NOTA - MST do Pará

NOTA DO MST-PA SOBRE REPORTAGEM DA REVISTA VEJA

1-O MST do Pará esclarece que não tem nenhuma fazenda ocupada no município de Tailândia, como afirma a reportagem da Revista Veja “Predadores da floresta” nesta semana. Não temos nenhuma relação com as atividades nessa área. A Veja continua usando seus tradicionais métodos de mentir e repetir mentiras contra os movimentos sociais para desmoralizá-los, como lhes ensinou seu mestre Joseph Goebbels. A reportagem optou por atacar mais uma vez o MST e abriu mão de informar que o nosso movimento não tem base social nesse município, dando mais um exemplo de falta de respeito aos seus leitores.
2-A área mencionada pela reportagem está em uma das regiões onde mais se desmata no Pará, com um índice elevado de destruição de floresta por causa da expansão do latifúndio e de madeireiras. Em 2007, a região de Tailândia sofreu uma intervenção da Operação Arco de Fogo, da Polícia Federal, e latifundiários e donos de serrarias foram multados pelo desmatamento. Os madeireiros e as empresas guseiras estimulam o desmatamento para produzir o carvão vegetal para as siderúrgicas, que exportam a sua produção. Por que a Veja não denuncia essas empresas?
3-Na nossa proposta e prática de Reforma Agrária e de organização das famílias assentadas, defendemos a recuperação das áreas degradas e a suspensão dos projetos de colonização na Amazônia. Defendemos o “Desmatamento Zero” e a desapropriação de latifúndios desmatados para transformá-los em áreas de produção de alimentos para as populações das cidades próximas. Também defendemos a proibição da venda de áreas na Amazônia para bancos e empresas transnacionais, que ameaçam a floresta com a sua expansão predatória (como fazem o Banco Opportunity, a Cargill e a Alcoa, entre outras empresas).
4-A Veja tem a única missão de atacar sistematicamente o MST e a organização dos camponeses da Amazônia, para esconder e defender os privilégios dos verdadeiros saqueadores das riquezas naturais. Os que desmatam as florestas para o plantio de soja, eucalipto e para a pecuária extensiva no Pará não são os sem-terra. Esse tipo de exploração é uma necessidade do modelo econômico agroexportador implementado no Estado, a partir da espoliação e apropriação dos recursos naturais, baseado no latifúndio, nas madeireiras, no projeto de exportação mineral e no agronegócio.
5-Por último, gostaríamos de comunicar à sociedade brasileira que estamos construindo o primeiro assentamento Agroflorestal, com 120 famílias nos municípios de Pacajá, Breu Branco e Tucuruí, no sudeste do Estado, em uma área de 5200 hectares de floresta. Nessa área, extraímos de forma auto-sustentável e garantimos renda da floresta para os trabalhadores rurais, que estão organizados de maneira a conservar a floresta e o desenvolvimento do assentamento.
DIREÇÃO ESTADUAL DO MST DO PARÁ



Marabá, 12 de janeiro de 2010

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Plano Municipal de Saúde

Será levado amanhã (12/01) para apreciação do Conselho Municipal de Saúde (CMS) de Paracuru, o Plano Municipal de Saúde que foi elaborado pela Secretaria de Saúde em conjunto com a sociedade civill no dia 16 de abril de 2009.
Após nove meses para formatação o Plano vai para discussão e aprovação do CMS.
A reunião acontecerá às 8h no Núcleo de Educação em Saúde e Mobilização Social, próximo à rádio Moriá AM.