quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

A PEDRA DA MORTE

Há bem pouco tempo a expressão craque servia para explicar uma pessoa com grandes habilidades no futebol. Que saudades dos velhos tempos! Não pelo fato de não haver mais craques no futebol, aqui no Brasil, por exemplo, é muito fácil encontrá-los. Acontece que um outro tipo de "crack" vem tirando o sono de muitas famílias paracuruenses e num futuro próximo a vida de muitos de seus entes queridos. Esse "crack" a qual me refiro, é uma substância entorpecentes com auto-poder de destruição. Só para se ter uma idéia, ao fumá-lo, o "crack" leva dez segundos para faze o efeito, gerando euforia e excitação; no caso da dependência, o iniciante precisa usar apenas três vezes para se viciar. Cinco a sete vezes mais potente que a cocaína, essa "pedra da morte" invadiu nossa cidade, nossas casas e ameaça escravizar nossos filhos.
Talvez você me pergunte: O que eu tenho a ver com isso?
E eu lhe respondo: Você talvez não, mas nós, com certeza sim. Esse é um problema social e consequentemente é um problema nosso.
Todos os dias crianças e adolescentes ainda no limiar de suas vidas caem na teia do "crack". A expressão "teia" se aplica muito bem nesse caso, pois é como um inseto preso na teia de uma aranha que os iniciados dessa armadilha vão se debater até suas forças se exaurirem e aguardar pela morte certa.
E aí? Vamos deixá-los morrer?
Ou vamos apontar o dedo e criminalizá-los?
Todas essas são alternativas são cômodas demais! Talvez por isso a praticamos no dia a dia.
Precisamos urgentemente de uma ação coletiva que possa salvar das drogas nossas crianças e adolescentes antes que seja tarde demais.

Lindomar Alcântara
Presidente da ONG EcoAção  

Nenhum comentário: